Polícia e bombeiros fazem buscas em rancho de suspeito de matar empresário e jogar corpo em rio no interior de SP
30/05/2025
(Foto: Reprodução) Nelson Carreira Filho está desaparecido desde 16 de maio. Marlon Couto, apontado como responsável por atirar na vítima em emboscada, é considerado foragido. Policiais e bombeiros fazem buscas por corpo de empresário em Miguelópolis, SP
Equipes da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros fizeram buscas na tarde desta sexta-feira (30) no rancho de Marlon Couto, suspeito de assassinar o empresário Nelson Francisco Carreira Filho. O objetivo foi tentar encontrar o corpo do empresário.
As buscas foram interrompidas sem sucesso no fim da tarde e devem ser retomadas na manhã deste sábado (31).
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A principal hipótese da polícia é de que Nelson tenha sido vítima de uma emboscada na empresa de suplemento alimentares do suspeito, em Cravinhos (SP), no dia 16 de maio.
Na ocasião, o suspeito teria matado a vítima a tiros e jogado o corpo em um rio em Miguelópolis (SP), cidade onde fica o rancho alvo das buscas nesta sexta. Desde o suposto assassinato, Nelson está desaparecido.
Polícia e bombeiros fazem buscas em rancho de suspeito de matar empresário, em Miguelópolis
Kelven Melo/EPTV
Marlon e a esposa, Marcela Almeida, são alvo de um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça em 27 de maio e estão foragidos. Já Tadeu Almeida Silva, também apontado como cúmplice de Marlon, foi preso nesta quinta-feira (29). O casal está há pelo menos uma semana sem voltar para casa, em um condomínio de Cravinhos.
De acordo com o delegado Sebastião Picinato, as buscas no rancho ocorrem em virtude do depoimento de Tadeu, que indicou o local como sendo onde o corpo de Nelson foi jogado.
"Foi feita uma indicação, havia uma suspeita inicial de que ele [Nelson] teria sido desovado aqui em Miguelópolis, no Rio Grande. Hoje, tivemos uma indicação um tanto quanto mais precisa e que bate com que moradores vizinhos nos apontaram. Bate com a descrição feita pelo Tadeu", destacou.
À EPTV, afiliada da TV Globo, o advogado do casal foragido, Nathan Castelo Branco, afirmou ser um equívoco a investigação contra Marcela. Na quinta, a defesa chegou a dizer que Marlon vai se apresentar para esclarecer os fatos.
"O fato de ela ter acompanhado o Marlon não diz absolutamente nada sobre a participação dela, seja em eventual homicídio ou ocultação de cadáver. Na verdade, ela simplesmente acompanhou o marido na viagem, sem ter conhecimento do que tinha acontecido. Na nossa opinião, essa investigação contra ela e o pedido de prisão são equívocos que a gente pretende esclarecer para que ela seja afastada de qualquer investigação."
Marlon Couto, suspeito de assassinar o empresário Nelson Francisco Carreira Filho, e a esposa dele, Marcela Almeida, também suspeita de envolvimento no crime
Arte/EPTV
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Emboscada, assassinato e corpo em rio
A Polícia Civil acredita que Nelson Carreira tenha sido assassinado ao ser atraído para uma emboscada em Cravinhos.
Segundo o delegado Heitor Moreira, responsável pela investigação, no dia do crime, um dos suspeitos marcou uma dedetização na empresa onde estava marcada a reunião com a vítima. Todos os funcionários foram dispensados.
“Foi solicitado um serviço de dedetização com urgência, teria que ser naquele dia e para a empresa. Então a gente acredita que isso foi um subterfúgio que eles utilizaram para dispensar os demais funcionários para estar naquele momento só os três, né, o Nelson, o Tadeu e o Marlon. Foi o momento oportuno para o Marlon realizar o assassinato. Foi o Tadeu que solicitou o serviço de dedetização”, diz o delegado.
O fato de Tadeu ter marcado a dedetização leva a polícia a acreditar que ele tenha ajudado a planejar o crime.
Em depoimento, o gerente afirmou que ajudou a ocultar o corpo de Nelson e que levou o carro do empresário até São Paulo (SP), onde ele morava com a família. O veículo foi achado abandonado em uma rua da zona Norte da capital.
“Foi ele [Tadeu] que fez o contato com a empresa [de dedetização]. Então a gente acredita na participação dele para atrair a vítima, o Nelson, até o local para o Marlon efetuar o disparo”, diz o delegado.
No depoimento à polícia, Tadeu contou que após matar Nelson com um tiro, Marlon colocou o corpo em uma caminhonete e o levou até um rancho em Miguelópolis (SP) para jogá-lo no rio.
Durante a perícia realizada no prédio em Cravinhos, na terça-feira, vestígios de sangue foram encontrados com ajuda do luminol.
Segundo as investigações, o empresário foi morto por causa de desavenças comerciais: Nelson teria reclamado com Marlon sobre o uso de uma marca de produto para emagrecer que ele tinha patenteado. Nelson estaria cobrando R$ 100 mil do parceiro comercial.
A investigação também apontou que a esposa de Marlon tinha conhecimento sobre o crime, tanto que foi a São Paulo com o marido para buscar Tadeu após o abandono do carro. Eles chegaram a tomar café com a esposa da vítima na tentativa de ajudar a não levantar suspeitas.
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